"Chamaram de lixo": Diretor de Guilty Crown desabafa e revela como o fracasso criou Attack on Titan

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No mundo dos animes, poucos títulos são tão divisivos quanto Guilty Crown. Lançado em 2011 pela Production I.G, o anime é, até hoje, um paradoxo: visualmente deslumbrante e com uma trilha sonora lendária (obrigado, Hiroyuki Sawano), mas com um roteiro que... bem, divide opiniões, para dizer o mínimo.

Recentemente, uma entrevista resgatada do diretor Tetsuro Araki trouxe à tona o lado humano dessa produção. Ele revelou a dor de ver seu trabalho duro ser descartado pelo público e como esse sentimento de rejeição foi o combustível para criar um dos maiores fenômenos da história: Attack on Titan.

"Um anime falido e de m..."

Araki não mediu palavras ao relembrar a recepção da obra. Segundo ele, a frustração foi imensa ao ver que todo o esforço técnico foi ignorado por causa dos problemas narrativos.

"Para mim, foi um anime desafortunado. O que logramos com esta série, tudo o que fizemos... sinto que as pessoas deram muito pouco crédito", desabafou.

O diretor confessou que as críticas pesadas o machucaram profundamente:

"Fizemos coisas realmente impressionantes e difíceis, mas no final, foi descrito como um 'anime falido e de m...'"


A Redenção através dos Titãs

Mas é aqui que a história fica digna de um roteiro shonen. Araki admitiu que sabia onde a narrativa de Guilty Crown tinha falhado. Em vez de desistir, ele usou essa raiva e experiência como motivação.

Buscando um projeto onde suas habilidades de direção (que são indiscutíveis em cenas de ação) fossem valorizadas, foi ele quem propôs a adaptação do mangá de Hajime Isayama.

Sim, você leu certo. Araki levou Attack on Titan (Shingeki no Kyojin) para o recém-formado WIT Studio, juntando-se a Tetsuya Nakatake e Joe Wada. O resultado? Ele dirigiu as temporadas que transformaram a obra em um sucesso global, definindo a estética épica que amamos.

O sonho do anime original

Mesmo após o sucesso estrondoso com os Titãs e projetos como Kabaneri of the Iron Fortress e o filme Bubble (Netflix), Araki ainda tem uma meta pessoal: criar um anime original (sem ser adaptação) que seja um sucesso indiscutível, para finalmente "limpar" a mancha que sente ter deixado com Guilty Crown.

Fica a reflexão: Será que Guilty Crown merece mesmo todo esse ódio ou é uma joia técnica incompreendida? De qualquer forma, devemos agradecer aos erros do passado, pois sem eles, talvez Eren Yeager nunca tivesse brilhado tanto na tela.

Fonte: FujiNews

Vicente Neto

Sou redator de notícias, estudante de Sistemas de Informação na UFC e apaixonado por tecnologia e cultura geek. Desde os 15 anos, quando assisti ao meu primeiro anime (Sword Art Online), mergulhei no universo dos animes, mangás e games. Além de programar, também me aventuro como designer gráfico e editor de vídeos nas horas vagas. facebook instagram x-twitter linkedin

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