Na última segunda-feira (13), uma fonte afirmou à agência Reuters que a gigante Walt Disney não foi autorizada a exibir a animação Lightyear em pelo menos 14 países, na Ásia e Oriente Médio. O motivo do veto teria sido a presença de uma cena com um casal homossexual que, mesmo após pedidos de corte pelas autoridades locais, foi mantida pela empresa norte-americana — anteriormente criticada pela ausência de representatividade LGBTQIA+ em suas produções.
Na cena em questão, um casal homossexual troca um breve beijo — gesto considerado um crime em algumas regiões do Oriente Médio. Após a recusa da censura, os Emirados Árabes optaram por vetar a exibição do longa-metragem, alegando uma violação dos padrões de conteúdo em mídias no país. Similarmente, a China e o Catar não devem permitir a estreia da obra em seus territórios.
A produtora da animação, Galyn Susman, defende a integridade da obra. "Não vamos cortar nada", afirma, "especialmente algo tão importante quanto o relacionamento amoroso e inspirador que mostra ao Buzz o que ele está perdendo por suas escolhas".
Histórico controverso e repercussão na mídia
Embora o caso de Lightyear esteja ganhando uma conclusão bastante progressista, considerando os padrões da Disney, seu início pode não ser considerado uma "decolagem" tranquila. A controversa cena, segundo seus responsáveis, teria sido cortada ainda durante a produção do filme.
No entanto, a Disney teria reintegrado o trecho após uma declaração conjunta de seus funcionários, que a acusava de censurar "afeição abertamente gay" em suas produções. Corroborando o caso, a denúncia foi feita em resposta ao silêncio da empresa norte-americana acerca da lei anti-LGBTQIA+ "Não Diga Gay", discutida no estado da Flórida em março deste ano.
Sem surpresas, a alteração resultou no cancelamento da exibição do filme mesmo em países onde sua estreia já estava confirmada — como é o caso dos Emirados Árabes. No Brasil, a animação já está em cartaz desde o início deste mês.
Tecmundo/Minha Serie