Se você achava que o TikTok era apenas sobre dancinhas virais e trends de comédia, é hora de olhar para a infraestrutura colossal por trás do aplicativo. A ByteDance anunciou um investimento histórico que coloca o Brasil no centro do mapa tecnológico global.
Em um evento realizado nesta quarta-feira (3) no Ceará, com a presença do presidente Lula, foi confirmada a construção de um Data Center no Complexo Portuário do Pecém. O valor? Nada menos que R$ 200 bilhões nos próximos anos.
Um salto de 50 para 200 bilhões
O mercado já especulava sobre a chegada desse empreendimento, mas os números surpreenderam. O montante divulgado inicialmente girava em torno de R$ 50 bilhões, mas o projeto cresceu exponencialmente.
Mônica Guise, diretora de Políticas Públicas do TikTok no Brasil, destacou a importância estratégica do país:
"Esse projeto é um investimento histórico para a empresa [...] e é um passo fundamental que reflete o compromisso com o Brasil, que é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo."
Tecnologia Verde e Energia Limpa
Para os entusiastas de tecnologia sustentável, aqui vai a melhor parte: esse monstro de processamento de dados será alimentado por 100% de energia limpa.
O projeto é uma parceria com a Omnia (da gestora Pátria Investimentos) e a Casa dos Ventos. A energia virá de parques eólicos que estão sendo construídos especificamente para abastecer os servidores do TikTok.
A primeira fase, prevista para entrar em operação em 2027, terá um consumo energético de 300 megawatts (MW). Só para você ter uma noção da escala: isso é energia suficiente para iluminar uma cidade com meio milhão de habitantes!
Por que no Ceará?
A escolha do Porto do Pecém não é aleatória. O Ceará é um ponto estratégico para cabos submarinos de fibra óptica que conectam o Brasil à Europa e aos Estados Unidos, garantindo a latência baixíssima que um app de vídeos em tempo real exige.
Além disso, o estado tem ventos favoráveis para a geração de energia eólica, crucial para manter a operação "verde".
Com esse movimento, o Brasil deixa de ser apenas um consumidor de conteúdo para se tornar um hub de armazenamento e processamento de dados global.
Imagens: EFE
Fonte: g1 Ceará / Reuters
